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Iemanjá – A Rainha das Águas Profundas

A lenda nos diz que Iemanjá é tida como a mãe de todos os orixás, está relativamente correta, já que se algo existe é porque foi gerado.
Iemanjá é em si mesma essa qualidade geradora e criativa do Divino Criador, então está na origem de todas as divindades.
Iemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, é o grande útero da vida na Terra (Aye).


Iemanjá é o sentido básico na formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso e imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo.


Está presente nos mares e oceanos. Santuário natural, um altar aberto a todos. Por isso, chamada também de Deusa dos Mistérios Profundos, para onde tudo é levado, para ser purificado e depois devolvido.
Será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. É a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É Ela quem controla as marés, quem protege a vida no mar.
Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesmo. 


Nos trabalhos desenvolvidos nos terreiros é comum a evocação de Iemanjá e seus enviados, tais como os elementais conhecidos como sereias e ondinas ou então a linha dos marinheiros, excelente magnetismo de limpeza e purificação, no sentido energético.
Especialmente no fim do ano, é costume ver os devotos ofertando flores e presente a Iemanjá nas praias. As pessoas se vestem de branco para homenageá-la com o intuito de obter a paz no ano que se inicia. No dia 2 de fevereiro acontece em Salvador, capital do Estado da Bahia, a maior festa popular dedicada a Iemanjá. Neste dia, milhares de pessoas trajadas de branco fazem uma procissão até ao templo de Iemanjá, localizado na praia do Rio Vermelho, onde deixam os presentes que vão encher os barcos que os levam para o mar.

Os devotos entregam a Rainha do mar flores brancas, perfumes, espelhos, pentes e adornos prateados e tudo o que possa proporcionar proteção e um ano de prosperidade. Esses presentes são lançados ao mar ou colocados dentro de um barco pequeno. Grandes procissões de barcos pesqueiros também são feitos nesse dia.

O seu nome tem origem nos termos do idioma Yorubá “Yèyé omo ejá”, que significam “Mãe cujos filhos são como peixes”


Iemanjá torna os seres e criaturas capazes de se adaptarem as condições e meios mais adversos. Ela é a água que vivifica os sentimentos e umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade (vida).
A energia salina de Mãe Iemanjá cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes e irradia energias purificadoras para o nosso organismo.

O mar como ponto de força e seus guardiões não querem ser profanados por aqueles que trazem todos os vícios humanos em seu intimo. Essas pessoas vêem o mar como aquilo que tem de pior. Por isso, o mar é tão inexplorável em seus mistérios revelando apenas parcialmente sua grandeza. É uma forma de defesa de seus princípios sagrados.


Os filhos de Iemanjá possuem beleza acentuada. Reflete limpeza e parecem sempre estar de roupa que acabou de ser passada. São caseiros e gostam de conforto. São agradáveis, em sua maioria, conseguem o que querem sem estardalhaço. Não usa força ou violência para intimidar os outros. A fé, a generosidade e a simpatia são armas que usam para alcançar seus propósitos.

Gostam de objetos caros de pouca utilidade.

São bons ouvintes e costumam dar conselhos equilibrados.
O ciúmes que os filhos de Iemanjá tem de suas coisas é grande, mas não se manifesta agressivamente.

Para cativar um filho de Iemanjá o primeiro passo é elogiá-lo, pois são inseguros de suas qualidades. Sua intuição acentuada aliada a dons mediúnicos pode ser fonte de desenvolvimento espiritual que conduzirá a iluminação. Muitas vezes sem perceber o que dizem, conseguem prever fatos.
Um dos seus defeitos é ter a teoria de “Fraternalismo”. Defendem um mundo onde todos dão as mãos e trabalham por um objetivo comum, ele próprio não pratica, pois são um tanto egoístas e preocupados demais em relação a seus problemas pessoas. O desanimo e a rabugice deve ser combatida com suas qualidades mais vibrantes com amizade, a paz, a imparcialidade, a sociabilidade e diplomacia.


CONTEMPLEM O MAR E PERCEBERÁ O ENCANTO, A MAGIA E OS MISTÉRIOS EM SUA FORMA NATURAL.


ODOYÁ MINHA MÃE IEMANJÁ!