Ciganos – Incompreendidos do Oriente

Não se sabe ao certo qual sua origem, por não haver escritos que comprovem sua existência inicial.  Traços de etnia e vestimentas levam a crer que partiram do Norte da Índia.
Conhecido por serem nômades e buscarem incessantemente uma pátria que os aceitem e compreenda seus costumes. Suas andanças e peregrinações têm dados em todo o mundo.
Na Umbanda encontraram, mesmo após sua vida carnal, o que tanto procuraram a séculos de existência um lugar para chamar de lar ou como dizemos Aruanda.
Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes dentro do plano positivo da luz, não trabalhando a serviço do mau. Como qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela negatividade e escuridão.
Os Ciganos são espíritos livres não se prendem a nenhum espaço físico comum e podem irradiar em outras religiões e sessões de cura. Utilizam os elementos naturais água, ar, fogo e terra e as diversificações de cores em todo seu aspecto.
Antes mesmo de existir a Cromoterapia já utilizavam as cores como fonte de poderes curativos.
Agem no plano da saúde, do amor, do conhecimento e no setor financeiro ajudando nos mesmos preceitos dos Pretos-Velhos, Erês, Baianos, Mestres ou qualquer entidade ligada por um passado não tão distante. Nas consultas são práticos e dificilmente se estendem em conversas que remetem a temas banais, pedidos fúteis ou se prolongam em assuntos que vão além de suas competências, nos quais por algum motivo superior não podem e não devem interferir.
Em sua maioria os espíritos ciganos não incorporam preferindo a irradiação de energia e pensamentos.
São místicos e utilizam os métodos de visualização premonitória como cartas, runas, cristais, leituras de mãos, entre outros.
Não tendo obrigação de pagamentos por serviços prestados dentro dos rituais da religião Umbanda, para aqueles que cobram os pagamentos são feitos para sustentação do próprio médiun não durante horários pré-determinados para sessões de ajuda e atendimento ao público.
Acredita-se que por serem um povo rico onde viviam com fartura e abundancia torna-se indispensável o pagamento por qualquer tipo de serviço prestado fazendo disso um pretexto para a cobrança, ao meu ver, desnecessário e pejorativo a Umbanda e seus ideais. Para sua própria evolução e desapego a coisas materiais os Ciganos tem que conviver com esse “carma preconceituoso” que os acompanha desde a primeira diáspora , parece ir contra a tudo que acredito e conheço dentro da Fé Espírita e seus ensinamentos.
Vamos acabar com esse conceito de cobranças materiais em nome daqueles que trabalham em prol da caridade dentro da luz e sabedoria do Grande Criador.
Salve o Povo Cigano.
Salve a Linha do Oriente.

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