Chefe dos índios
Chama os índios na aldeia
É na aldeia caboclo é na aldeia
Gosta de mim
Por que não vem me ver
Na minha aldeia tem que obedecer
Se ele é caboclo que só veste pena
Venha ver a força
Que tem a Jurema
Oxóssi ê Oxóssi á
Oxóssi ê Marabô li Marabô lá
Se meu pai é Oxóssi
Quero ver balancear
Arreia, arreia capangueiro da Jurema (Ô Jurema)
Arreia capangueiro
Capangueiro da Jurema
Ouvi meu pai assobiar
Ele mandou chamar
Vem de aruanda ê, vem de aruanda á
Todos os caboclos de Umbanda
Vem de aruanda á.
Portão da aldeia abriu
Para os caboclos passar
É hora, é hora, e hora caboclo
É hora de trabalhar
Tambor, tambor
Vai buscar quem mora longe
Eu vi Oxóssi nas matas
Ogum no Humaitá,
Meu pai Xangô lá na pedreira
O Iansã, Iemanjá
Vamos chamar os caboclos
Que é pra trabalhar
Se a demanda é muito forte
Caboclo vai demandar.
Ê ê ê boca da mata
Deixa os caboclos passar boca da mata
Pisa caboclo aqui nessa aldeia
Mostra o seu sangue que corre na veia
São Miguel, São Miguel
São Miguel está chamando
Dai-me forças São Miguel
Pra chamar os caboclos da Umbanda
Caboclo é, Caboclo é
Caboclo é a luz do mato é
O que caboclo é
A luz do mato é
Olha a folha do coqueiro, olha lá
Se meu caboclo for embora eu vou buscar
Olha eu, olha lá
Se meu caboclo for embora eu vou buscar
Na mata virgem uma coral piou
Ele atirou a sua flecha certeira
Ele atirou, ele atirou, ele atirou,
Atira caboclo lá nas matas da Jurema.
Oxóssi, Oxóssi mora
Na raiz da Gameleira
Ogum mora na lua
Xangô lá nas pedreiras
Bando lê olê, olê
Bando lê olê, olá
Bando lê meus caboclos
Bando lê meus orixás
Da laranja eu quero um gomo
Do limão quero um pedaço
Do caboclo boiadeiro
Quero um beijo e um abraço
Se não fosse
As folhas da Jurema
O que seria do caboclo Juruá
Jurema, Jurema, Jurema
É a Jurema é o caboclo Juruá
Sindorerê auê cauiza
Sindorerê sangue real
Se ele é filho
Eu sou neto da Jurema
Sindorerê auê cauiza
Se ele é cauiza ele é o rei
Ele é orixá
Seu 7 flechas lá nas matas é o rei
Seu 7 flechas na Umbanda ele é Tata
Ele é o rei, Ele é o Tata
Lá nas matas sua flecha zua
Lá nas matas sua flecha mata
Ele é o rei, Ele é o Tata
A sua mata é longe
Eles já vão embora
E vão beirando o rio azul
Adeus Umbanda
Que os caboclos vão embora
E vão beirando o rio azul.
Folha seca nas matas
Salve coroa de Pena Branca
Ele vem de Aruanda
Pra saudar filhos de Umbanda
Se o caboclo é bom
É irmão do outro
Um corta pau outro arranca toco
Afirma caboclo que eu quero ver
Se o caboclo é bom
Ele não bambeia
Como é lindo caboclo
Ao sair da aldeia.
A cabocla Jupira
Quando chega ao reino
Ela faz quiô, quiô
Mas ela veio da cidade da Jurema
A cabocla Jupira é uma cabocla de pena
Seu caçador na beira do caminho
Não me mate essa coral na estrada
Ela abandonou sua choupana caçador
Foi no romper da madrugada.
Cobra coral é caboclo
Cobra coral é caboclo
É filho da Jurema, neto de Arranca toco
É filho da Jurema, neto de Arranca toco
Abriram se os portões de Aruanda
Uma linda espada cruzou
Okê o Okê o manoke o caboclo
Seu Pena Verde chegou
Ele é de grande natureza
É curador do povo em cascata
Oke o oke o manoke o caboclo
Seu pena verde nas matas
A coral é sua cinta
A jiboia a sua laça
O que zoa que zoa que zoa ê
Caboclo mora nas matas
Caboclo mora nas matas
Na beira da sapucaia
Caboclo come folha
Se veste de samambaia
Auê, auê meus caboclos auê
Caboclo roxo da pele
Se ele é cassuté
Cassuté da Jurema
Ele jurou ele jurará
Pelos conselhos
Que a Jurema vai lhe dar
Curimbebe, curimbebá
7 Flechas com seus orixás
Com sete dias de nascido
A Jurema o encontrou
Deitado na folha seca o caboclo ela criou
Curimbebe, curimbebá
7 Flechas com seus orixás
Nasceu na mata de Oxóssi
Na aldeia de Jurema
O caboclo 7 Flechas
Iluminado por Oxalá
As matas estavam escuras
Mas um anjo iluminou
Foi no centro da mata virgem
Senhor Oxóssi quem mandou
Tava na mata Tava trabalhando
Seu Serra Negra passou me chamando
Eu vou eu vou onde ele mora
Lá nas matas de Nossa Senhora
Caboclo vai embora
Pra cidade da Jurema
Que Jesus está lhe Chamando
Pra cidade da Jurema
Ele vai ser coroado
Na cidade da Jurema
Com a coroa de Arerê